As polícias Civil e Militar desmentiram o boato que circula nas redes sociais sobre um toque de recolher imposto por facções criminosas em Chorozinho, na Região Metropolitana de Fortaleza. A ameaça atribuída a uma facção criminosa ganhou força em mensagens compartilhadas em redes sociais e gerou preocupação entre moradores na tarde de quarta-feira (9). A cidade ficou com as ruas vazias e parte dos estabelecimentos comerciais encerrou as atividades mais cedo.
A Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Civil apura supostas ameaças compartilhadas por aplicativos de mensagens com objetivo de gerar desinformação e espalhar boatos na cidade.
“A informação se trata de um boato, uma fake news. A Polícia Militar, através do seu serviço de inteligência juntamente com a Polícia Civil, já começou as investigações para identificar e responsabilizar a pessoa responsável por esse boato”, afirmou o policial militar Messias Mendes.
Ainda de acordo com a Secretaria da Segurança, o município teve o policiamento ostensivo reforçado por agentes do Comando de Policiamento de Choque, do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas e do Batalhão de Policiamento de Prevenção Especializada da Polícia Militar do Ceará.
A Policia Civil ressaltou que a população pode contribuir com a investigação repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o telefone (85) 33319-1237, da Delegacia Metropolitana de Chorozinho.
O Ministério Público do Ceará também se pronunciou, afirmando que recebeu denúncias referentes às ameaças.
“O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Chorozinho, manifesta apoio irrestrito às Polícias Civil e Militar de Chorozinho, ante a situação instalada no município.”
Comércio fechado e moradores prejudicados
Parte do comércio de Chorozinho parou de funcionar na tarde desta terça-feira após suposta ordem de um grupo criminoso. Mensagens que circularam por aplicativos na região supostamente determinavam o fechamento do comércio, em represália à morte de um dos membros da facção.
Durante a tarde a maioria dos estabelecimentos comerciais, como farmácias, supermercados, padarias estava com as portas fechadas e as ruas praticamente vazias.