Legenda: Casal de surdos diz ‘Eu te amo’ durante casamento, em Pernambuco
Foto: Djeison Zennon/Estúdio Casa Amarela/Divulgação

Um casal de surdos foi surpreendido no dia do casamento pelo padre, que fez a celebração na Língua Brasileira de Sinais (Libras), na cidade de Lajedo, em Pernambuco. As informações são do portal G1.

Os noivos Adrielly Monteiro e Adalberto Ferreira se casaram em 10 de janeiro e haviam convidado dois intérpretes para traduzir a cerimônia. O padre Aluizio Ricardo Aleixo emocionou o casal ao realizar a celebração em Libras e português simultaneamente.

Eles estão juntos há oito anos e precisaram adiar a cerimônia, devido à pandemia de Covid-19. Adrielly, professora de Libras, afirmou que o gesto do padre é uma oportunidade de atentar para a importância de se aprender Libras.

A noiva relata que a igreja se torna inacessível, já que muitos religiosos não sabem se comunicar com os surdos. “Esse sinal foi acolhedor e respeitoso para com a gente e os nossos convidados surdos, pois a Libras é a nossa primeira língua”, ressalta.

Adalberto também é professor de Libras, tradutor de sinais internacionais e trabalha como assistente de suprimentos e materiais em um hospital. Os dois nasceram ouvintes, mas perderam a audição em decorrência da meningite.

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Legenda: Casal foi surpreendido no dia do casamento pelo padre, que fez a celebração em Libras Foto: Djeison Zennon/Estúdio Casa Amarela/Divulgação

Uma das exceções, o padre Aluizio foi evangelizado por um sacerdote surdo e tem 14 anos de sacerdócio. Ele relembra uma parábola que ouviu de seu evangelizador, que conta a história de um pastor a procura de uma ovelha.

“Nessa hora, ele colocou o nome dele. Vendo-a machucada, o pastor estende a mão e a ovelha responde ao sinal com mais força. Ele me fez a pergunta: ‘Por que?’, mas ele mesmo respondeu: ‘Porque a ovelha era surda e precisava que o pastor fizesse um sinal’. Entendi naquele momento que fui chamado a realizar também essa missão”.

O padre afirmou que celebrar a união do casal foi uma experiência muito boa. “Cada matrimônio é único. Mas dos surdos e, em especial, de Adrielly e Adalberto, ficou marcado porque percebi a atenção e participação de todos surdos e ouvintes. A participação da pessoa com deficiência na vida da Igreja é necessário e importante”, relata.

 

 

 

Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste

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