O número de territórios com habitações densas e precárias mais que triplicou no Ceará entre os últimos dois Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme nova rodada temática divulgada pelo órgão nesta sexta-feira (8). O Estado também é o 5º Estado do Brasil com mais pessoas vivendo nesse tipo de aglomeração urbana.

Em 2022, foram identificadas 702 “favelas e comunidades urbanas” (veja definição mais abaixo) no Ceará, distribuídas em 30 cidades. No Censo anterior, de 2010, foram 226 áreas semelhantes, em 14 municípios.

Em número de habitantes, o Estado também teve um salto importante. Há 12 anos, foram contabilizados 441.937 moradores nesses territórios; em 2022, cresceu para 749.640, um aumento de 70%.

Conforme o IBGE, 85,9% das favelas e comunidades urbanas cearenses estão na concentração urbana com núcleo na capital, ou seja, em áreas próximas a Fortaleza. A cidade, inclusive, tem a maior quantidade do Ceará: são 503 territórios, com 578.071 habitantes.

Os números são praticamente o dobro de há 12 anos, quando havia 6.329 favelas em 323 cidades.

No Censo 2010, foram contabilizadas cerca de 11.425.644 pessoas nesses espaços. Já em 2022, o país possuía 16.390.815 pessoas residentes em Favelas e Comunidades Urbanas, quase 5 milhões a mais e o equivalente a 8,1% da população brasileira.

Veja os Estados com mais favelas no Brasil, atualmente:

  • São Paulo – 3.123
  • Rio de Janeiro – 1.724
  • Pernambuco – 849
  • Pará – 723
  • Ceará – 702
  • Minas Gerais – 653
  • Paraná – 636
  • Bahia – 572
  • Espírito Santo – 516
  • Rio Grande do Sul – 481

 

 

Diário do Nordeste

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