O Ministério das Relações Exteriores informou, nessa segunda-feira (4), o falecimento do diplomata brasileiro Daniel Machado da Fonseca. Daniel morreu em Kigali, Ruanda, no domingo (3), durante missão oficial. Segundo nota do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, ele sofreu um infarto.
Carioca, Daniel era chefe da Divisão de Ação Climática do Itamaraty e foi nomeado para coordenar a Força-tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima do G20, que teria reunião nessa segunda. A agenda foi cancelada.
Daniel ingressou no Serviço Exterior Brasileiro em 2006 e chegou a servir nas Embaixadas de Nairóbi, Roma e Nova Delhi. “Especialista em negociações internacionais sobre energia, foi porta-voz dos países em desenvolvimento nos debates que permitiram um acordo sobre transição justa na COP28, em Dubai, no fim do ano passado”, informou a Pasta do Meio Ambiente.
“Sua trajetória no Itamaraty foi marcada por reconhecidas competência e dedicação. Contou sempre com o respeito e o carinho de todos seus colegas, no Brasil e no exterior”, diz a nota de pesar do Ministério das Relações Exteriores.
Na rede social X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a partida do diplomata. “Daniel nos deixou precocemente fazendo o que mais amava, atuando em nome do seu país, em defesa dos mais vulneráveis e de soluções para o planeta. O Itamaraty perde um grande quadro e o Brasil, um cidadão exemplar. À sua esposa Roberta, sua filha Letícia e demais familiares, meus sentimentos e solidariedade nesse momento tão difícil de despedida”, diz a nota.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se manifestou com pesar e disse que Daniel foi “um dos principais negociadores de clima do Itamaraty e coordenador da Força-tarefa para Mobilização contra a Mudança do Clima na presidência brasileira do G20”.
“Filho de um farmacêutico de Miguel Pereira/RJ, Daniel se formou no ITA e era reconhecido entre seus colegas por sua inteligência, integridade e generosidade”, escreveu a ministra.
Diário do Nordeste