‘Temos sido injustamente responsabilizados, por familiares, pela morte trágica (suicídio) de um jovem que esteve conosco por tão somente quatro meses em nossa Casa Vocacional em Crateús. O fato ocorreu em sua casa, seis meses depois de ter deixado a Comunidade Vocacional’.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que a Polícia Civil investiga a denúncia de ameaça contra os líderes religiosos. De acordo com dom Ailton Menegussi, as ameaças começaram há dez meses. Um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado.
Segundo o Padre Géu, pároco da comunidade que trouxe a primeira denúncia à tona durante missa em 15 de outubro, o bispo, e os outros quatro sacerdotes da região, não frequentaram a comunidade durante o ano por conta das supostas ameaças.
“Todos vocês já perceberam que esse ano, Dom Ailton não veio à Tauá, em nenhuma ocasião e queria também estar conosco nessa hora da festa. Não é novidade para a cidade e para o município, porque esta conversa é encontrada em toda esquina. Dom Ailton não vem à Tauá este ano, porque está ameaçado de morte aqui”, afirmou o padre durante o encerramento da Festa de Nossa Senhora do Rosário.
Ainda na carta, dom Ailton Menegussi disse que ele e os colegas ofereceram recursos para que o jovem pudesse se recuperar, como ‘remédios, psicoterapia e despesa com deslocamento’.
‘Constatando que o mesmo não estava se sentindo bem no processo e que este caminho lhe era, no momento, mais exigente do que ele poderia responder, decidiu-se pelo desligameto do jovem da Comunidade Vocacional’, escreveu o bispo.
Prefeitura repudia o crime
Por meio de nota divulgada em seu perfil oficial do Instagram, a prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, repudiou as ameças aos religiosos.
“Como prefeita de Tauá e cristã da Igreja Católica registro a minha inguinação pelas injustas ameaças feitas contra a vida do Bispo D. Ailton, da Diocese Crateús, e aos Padres Talles, Elton, Neto e Damásio, e, ao mesmo tempo, presto a mais absoluta solidariedade aos mesmos. Esperamos que a Justiça seja feita para ser combatido esses atos de extrema insensatez”, afirmou a gestora municipal.