As testemunhas negaram estar recebendo merenda escolar em troca de serviços e, como prova, apresentaram os recibos em dinheiro pelos serviços prestados ao colégio.
O diretor da unidade educacional já havia sido preso em flagrante em novembro e foi solto em seguida. Ao ser preso pela primeira vez, ele afirmou que o material retirado da escola seria uma forma de pagar um pedreiro por um serviço de reparo feito no banheiro dos professores da unidade escolar.
A Polícia Civil informou que o homem que havia sido preso em flagrante, no último dia 2 de novembro, por peculato-furto, e estava em liberdade provisória, descumpriu medida cautelar ao manter contato com uma das testemunhas do caso. O suspeito foi conduzido para a Delegacia Municipal de Quixeramobim e está à disposição da Justiça.
Diretor estava respondendo em liberdade
O diretor havia sido preso no dia 2 de novembro, mas na ocasião foi solto no dia seguinte para responder em liberdade pelo crime de peculato-furto (quando a pessoa se beneficia de um cargo público para cometer crime).
Em acordo pela soltura, o diretor da escola concordou que não entraria na unidade escolar e nem pode falar com funcionários. Ele também foi afastado do cargo.
Imagens flagraram furto
Nas imagens divulgadas pela polícia, é possível ver quando um homem sai da escola sozinho, carregando um saco com os produtos. Já em outro vídeo, de agosto deste ano, ele é visto com outro homem. A Polícia não passou informações sobre este segundo homem.
A Secretaria da Educação (Seduc) disse que, por meio da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 12, acompanha a ocorrência e vai adotar as providências necessárias, incluindo processo legal para afastamento do profissional.
Diretor fez churrasco após furto
O delegado disse que, no percurso entre a escola e a casa onde foi efetuada a prisão em flagrante, o diretor parou em um supermercado e comprou um litro de cachaça e fez um churrasco. Na Delegacia Municipal de Quixeramobim, ele foi autuado em flagrante pelo crime de peculato-furto. Carnes, ovos, pães e leite foram apreendidos pelos investigadores.
“Nós nos deslocamos até o local para ver se ele saía com alguma coisa. Percebemos que ele vinha com um saco nas mãos, e que ele colocou no porta-malas do carro particular dele. Então, a gente decidiu acompanhá-lo, porque não tínhamos certeza se era merenda escolar ainda, para ver até onde ele ia levar o saco”, explicou Silva.
Após a prisão, os itens foram devolvidos à escola. “A coordenadora financeira do colégio foi ouvida. Ela quem recebeu os itens de volta. Nós, inclusive, fizemos diligências posteriores no colégio para confirmar que os itens encontrados com ele eram similares aos existentes na escola. Analisamos lote, marca, data de fabricação, prazo de validade”, disse o delegado.
g1