O fim do período chuvoso e a chegada dos meses mais quentes no Ceará e em outros estados do Nordeste favorecem a aparição frequente do besouro potó que, em contato com a pele humana, pode causar queimaduras de até segundo grau.
De acordo com Letícia Reichel, coordenadora de Vigilância em Saúde de Sobral, o besouro tem preferência por locais quentes e alerta para que as pessoas tomem os cuidados necessários.
“Além disso, eles gostam de luzes brancas e costumam ficar no teto. As pessoas têm que verificar bem os lençóis e as roupas de cama antes de dormir. Caso haja contato com o inseto, a orientação é lavar o local com água e sabão e colocar compressas frias sobre a região afetada”, esclarece.
A vendedora Ianca Martins tentou livrar o filho de um potó e acabou tendo lesões no corpo. “Ele caiu no braço do meu filho e tentei afastar, pouco tempo depois passei a mão no rosto e ficou a mancha no meu olho, além de ferimentos, cheguei até a ter febre”, relata.
Diferente do que a maioria das pessoas pensa, o potó não pica a pele e não é a urina dele que causa ferimentos. Na realidade, ele libera uma secreção tóxica que causa queimaduras ao ter contato com o corpo.
Conforme o médico dermatologista Mario Timbó não é recomendado esmagar o besouro ao vê-lo sobre a pele de alguém para que não haja a liberação do líquido que causa queimaduras.
“Se a pessoa esmagar o potó, na tentativa de se defender, ele vai eliminar o líquido que provoca uma reação na pele, que vai desde uma queimadura de primeiro grau, que é uma mancha vermelha que irrita, até uma queimadura de segundo grau com formação de vesículas e bolhas”, explica.
Para o tratamento da lesão, o médico orienta fazer a hidratação da pele e, se necessário, o uso de um corticoide e esperar passar. Também é necessário evitar a exposição ao sol mesmo após alguns dias do sumiço das manchas.
SVM