O professor universitário de 72 anos, denunciado por uma ex-aluna após enviar mensagens de cunho sexual nas redes sociais, foi indiciado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (11), pelo crime de stalking ou perseguição.
A Universidade Estadual do Ceará (Uece), instituição em que o docente leciona, abriu uma investigação que apura se o suspeito importunou sexualmente a ex-aluna da instituição, que denunciou o caso no fim de março.
Conforme a investigação desencadeada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Quixadá, a mulher fez um boletim de ocorrência em 31 de março e entregou prints de mensagens de cunho sexual que recebeu, além de outras provas, como a denúncia feita à ouvidoria da Uece e novos prints de comentários do professor em fotos dela nas redes sociais.
Segundo os levantamentos, o envio de mensagens do professor com a ex-aluna começou em 2020 e durante a pandemia foi intensificado. A vítima bloqueou o homem e diminuiu o ritmo de publicações. Assim, o professor universitário passou a mandar mensagens para familiares para conseguir o contato telefônico da vítima.
De acordo com a delegada Luiza Braga, titular da DDM Quixadá, com a investigação, ficou constatado que não houve os crimes de assédio sexual e importunação sexual, somente o de perseguição. Desta forma, o suspeito foi indiciado pelo crime de perseguição e o inquérito policial concluído, foi remetido na mesma data ao Poder Judiciário.
Mensagens de cunho sexual
A mulher prestou e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil no último dia 31 de março e entregou os primeiros prints de mensagens de cunho sexual que recebeu.
“No ano de 2021, [ele] passou a enviar mensagens de cunho sexual para a declarante, afirmando que ‘queria fazer determinadas coisas’ com a declarante”, contou a mulher.
Além disso, ele enviou mensagens ao irmão da vítima solicitando o contato dela e passou a comentar em fotos do filho da vítima. Então, ela resolveu denunciá-lo.
A vítima concluiu o curso há cerca de cinco anos e estudou com o professor em três disciplinas. Ela afirmou à Polícia Civil que a relação entre ambos “sempre foi somente de aluna e professor”, sem qualquer contato fora do ambiente acadêmico.
Ela narrou a policiais que o homem tentou presenteá-la com chocolates e sorvetes e a convidá-la para sair, mas a mulher nunca aceitou. O contato pelas redes sociais, conforme a vítima, ocorreu após ela sair da universidade.
Nordeste Notícia
Fonte: g1