A vítima, que terá a identidade preservada, disse que as duas mulheres chegaram ao restaurante e pediram uma bebida alcoólica. Depois de receber o produto, a dupla solicitou um troco que, conforme a comerciante, não existia, já que as mulheres ainda não havia pago.
Houve um desentendimento e as duas mulheres se identificaram para a comerciante como policiais federais. A vítima foi levada para um corredor do restaurante e foi despida pelas suspeitas, que informaram que iriam revistá-la.
‘Não consigo dormir’
Segundo a comerciante, nesse momento, ela foi agredida e abusada pelas duas mulheres. “Eu não estou bem, eu não consigo dormir, eu tenho medo de trabalhar, porque eu continuo trabalhando no mesmo lugar, eu não fugi, mas eu não estou bem. Um dia depois eu senti dores muito fortes na minha parte genital, fui ao médico e constatou que eu precisava tomar antibiótico. Também foi constatado a violência sexual e eu estou aqui com o advogado para pedir justiça”, disse a comerciante.
Mesmo com a prisão das mulheres, a vítima relata que ainda não conseguiu retomar a vida. “Quando eu fecho os olhos e vejo a cena que eu passei, eu não vou falar para vocês que eu estou trabalhando 100% em paz, eu não estou. É como se eu trabalhasse para pagar as minhas contas, a minha luz, minha água, meu aluguel, mas ficasse todo tempo com medo. Quando eu vejo uma mulher com a fisionomia delas eu começo a chorar”, disse a comerciante.
Conforme o advogado da comerciante, Roberto Duarte, a cliente foi ameaçada depois da prisão das suspeitas. “Esse caso não vai parar, esse caso não vai ficar impune. Inclusive, ela foi ameaçada posteriormente do dia 19, um Boletim por ameaça foi confeccionado e registrado”.
Prisão
A vítima afirma ainda que outros clientes que estavam no restaurante impediram as duas mulheres de deixaram o local e acionaram a Polícia Militar.
Os agentes solicitaram um documento de identificação que comprovasse que as mulheres eram policiais federais, mas elas não apresentaram e foram presas.
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, afirma que um inquérito policial foi instaurado, concluído e remetido ao Poder Judiciário sobre um estupro ocorrido no último dia 16 de novembro deste ano, que resultou na prisão em flagrante das duas mulheres.
A Polícia Civil ressalta que as suspeitas não são agentes de segurança pública.
Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste