Casa simples em área rural cercada por árvores e cercas de madeira, com algumas vacas reunidas à sombra. Ao fundo, aparece um curral e a paisagem de vegetação seca sob céu parcialmente nublado
Legenda: Cidade do Sertão Central registrou apenas 392,8 mm durante a quadra chuvosa, de fevereiro a maio, enquanto a média climatológica para o período é de 562,3 mm Foto: Google Maps

Devido às poucas chuvas registradas neste ano, o município de Quixadá, no Sertão Central do Ceará, perdeu 85% dos 5.000 hectares de milho e feijão plantados neste ano. O cenário afetou todos os 12 distritos da cidade, impactando mais de 8 mil agricultores. A gestão municipal decretou situação de emergência por estiagem na última segunda-feira (1º).

Ao todo, 4.250 hectares da plantação de pequenos e médios produtores foram perdidos, ou seja, não brotaram, devido à falta de chuvas, segundo informações do secretário de Agricultura de Quixadá, Fausto Moreno. Esse dano equivale a, aproximadamente, 3.935 campos de futebol — considerando que um campo padrão FIFA tem 1,08 hectare. Em média, esses agricultores plantam entre 0,6 a 1 hectare na região, conforme o gestor.

O decreto de emergência de Quixadá foi publicado no Diário Oficial da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece), na última segunda-feira (1º), com texto revisado na edição do dia 3 de setembro, e destaca que as perdas agrícolas na região diminuem “o padrão de qualidade de vida da população rural, colocando as mesmas em situação de vulnerabilidade”. Esse contexto também “comprometeu o abastecimento de água em alguns distritos e localidades pontuais do município”, diz o procurador da cidade, Nilo Lopes.

 

8.661
pessoas foram afetadas pela situação de desastre, representando 7,6% de toda a população, que hoje é de 88.846 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Segundo Fausto, em algumas localidades de Quixadá, como Cipó dos Anjos, a chuva não ultrapassou a marca de 250 mm. Em outras, como Joatama, a precipitação foi de aproximadamente 500 mm, mas “muito mal distribuído”. Sem a quantidade de chuva necessária, nem o milho, nem o feijão brotam, explicou.

 

 

 

g1

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