Um mestre de capoeira foi denunciado por abuso sexual contra as crianças que faziam parte do grupo. O caso aconteceu em Barbalha, no Cariri cearense, e é investigado pela polícia.

Segundo os relatos dos pais das crianças, o capoeirista chegava a ameaçar de proibi-las de continuar no grupo, caso contassem sobre os assédios.

 

“Ele (capoeirista) pedia pra pegar nos órgãos dele, e ele segurava a mão dele (criança) para pegar nos dele também. Ele (capoeirista) dizia que se ele (criança) dissesse pros pais, ele ia perder o abadá e não ia jogar capoeira”, conta uma mãe que preferiu não se identificar.

“A gente já tinha ouvido relatos de outras pessoas, falando que isso já tinha acontecido isso com os filhos de outras pessoas, mas que essas outras mães e pais não chegaram até onde a gente tá chegando, e a gente quer levar adiante”, diz o pai de um dos meninos.

Por meio de nota, a Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia Municipal de Barbalha, afirma que apura denúncia de estupro de vulnerável em desfavor de um homem. Foram registrados boletins de ocorrência, que realiza as buscas pelo suspeito. Mais detalhes vão ser repassados em momento oportuno para não comprometer o trabalho policial.

Grupo investigado

 

Capoeiristas denunciam mestres do 'Grupo Cordão de Ouro' por assédio

Capoeiristas denunciam mestres do ‘Grupo Cordão de Ouro’ por assédio

Um outro caso envolvendo mestres capoeiristas foi divulgado no início de junho, em Fortaleza. Vários capoeiristas denunciaram que mestres do Grupo Cordão de Ouro cometeram abusos contra crianças e adolescentes desde a década de 1970, passando de geração para geração. Os jovens e adolescentes recebiam promessas de viagens para eventos de capoeira, contudo, em troca, tinham que “carimbar o passaporte” — termo usado por eles para a relação sexual com os mestres. O grupo é um dos mais tradicionais e tem atuação em todo o Brasil.

O grupo de capoeira decidiu afastar definitivamente os membros que são alvos das investigações de abuso sexual praticados por alguns mestres do grupo. Foram afastados o mestre Eliomar Vale de Lima, Marcos Antônio Lopes de Sousa e Lúcio Flávio Campos Torres. O objetivo do afastamento é desassociar o grupo desses membros em possíveis atos ilegais que possam ter sido cometidos.

Segundo o Ministério Público do Ceará, desde 2020 são investigadas lideranças do Cordão de Ouro devido às denúncias de abusos e estupro de vulnerável — como a lei brasileira tipifica a relação sexual com menores de 14 anos. De acordo com o órgão, cerca de dez vítimas fizeram acusações no estado contra vários mestres.

Nordeste Notícia
Fonte: SVM

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