Do mais brilhante ao mais discreto, atualmente, são eles: Vênus, Júpiter, Mercúrio, Saturno e Marte. É importante dizer que essa lista decrescente de brilho não é absoluta: como a luz que nos chega dos planetas é aquela que eles refletem do Sol, seu brilho oscila com o passar do tempo.
Enquanto Vênus reina absoluto como o ponto mais brilhante do céu noturno, o segundo lugar é disputado: Júpiter, Marte e até Mercúrio podem ocupar essa posição, a depender da localização deles em relação à Terra e ao Sol.
A situação mais inusitada é a de Mercúrio, que, por sua proximidade com o Sol, somada à refletividade mais baixa entre todos os planetas do Sistema Solar, tem um brilho que pode variar entre maior do que o de Júpiter e invisível a olho nu, de tão fraco. Mesmo que não esteja “escondido” da nossa visão, atrás ou à frente do Sol, ele às vezes chega a ter um brilho quase tão fraco quanto o de Netuno, bem abaixo do limite da sensibilidade visual humana.
Mas, para o nosso deleite, o planeta mais próximo do Sol estará com um brilho acima da média por esses dias e já pode ser visto no oeste, assim que o céu escurece, logo abaixo de Vênus, que, de tão brilhante, já é visível desde antes mesmo de o céu se despir da claridade solar…
Ainda no oeste, Marte é, do quinteto, o planeta mais desafiador de enxergar. Tanto porque ele está próximo do brilho mínimo que assume no céu quanto porque está muito perto do Sol, do nosso ponto de vista. Isso faz com que Marte só seja visível durante um breve intervalo de tempo entre o Sol se por e ele mesmo mergulhar no horizonte.
Já no leste, Júpiter é o único astro que esboça rivalizar com Vênus. Ali no nascente, o maior planeta do Sistema Solar emerge fazendo um belo contraponto ao planeta mais quente da nossa vizinhança cósmica, que vai imergindo no poente. Com a vantagem de que o gigante gasoso passará a noite inteira à disposição do observador interessado em acompanhar seu desfile celeste…
E ele não passeia só! Ali no nascente, pouco acima de Júpiter, Saturno se apresenta, com brilho bem menor, mas, ainda assim, inconfundível naquela região do céu. E segue adiante da jóia do leste pela maior parte da noite.
Para quem tem telescópio, a dica é aproveitar a diversidade de planetas à disposição no céu para tirar o equipamento da caixa e tentar algumas observações, mesmo que da janela da sala! Com qualquer telescópio é possível ver Vênus em fase, como a Lua, Saturno com seus indefectíveis anéis, ainda que bem pequeno, e Júpiter com suas “estrelinhas” companheiras – as quatro luas que Galileu Galilei descobriu ao apontar uma luneta para o alto pela primeira vez.
Nordeste Notícia
Fonte: O Povo/Romário Fernandes