Consultor contábil explica quais as vantagens de cada um para os negócios.

O crescimento dos bancos totalmente digitais tem sido uma realidade no Brasil. De acordo com a pesquisa “A revolução dos bancos digitais 2020”, encomendada pelo boostLAB, o hub de negócios do BTG Pactual para empresas tech, somente entre os anos de 2017 e 2018, o aumento foi de 147%.

Segundo o levantamento, um dos principais atrativos dos bancos digitais está no crédito. 54% dos entrevistados contaram que a isenção de anuidade, juros e taxas mais baixas em relação aos bancos tradicionais, são alguns dos principais fatores que atraem os usuários de cartões de crédito oferecidos por fintechs e bancos digitais.

Ao mesmo tempo em que os bancos totalmente digitais crescem, as instituições tradicionais estão trazendo plataformas de investimentos e investindo cada vez mais em tecnologia para diversificar serviços e ampliar a segurança de dados. Tudo isso sem deixar de lado a presença física.

Conforme apresentado pela pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos, incluindo digitais, fizeram um investimento de R$ 8,9 bilhões em tecnologia no ano de 2020 — um aumento de 7%, o que corresponde a R$ 8,3 bilhões, em relação a 2019, quando ainda não havia pandemia no Brasil.

Nessa disputa, apesar do crescimento e investimento, muitos usuários, como micro, pequenas e médias empresas, ainda se sentem confusos no momento de escolher o melhor tipo de instituição financeira para as suas necessidades, é o que afirma Ricardo Santos, especialista e CEO da ConsulFis Contabilidade Consultiva.

Como orientação, Ricardo explica que os bancos tradicionais possuem uma credibilidade forte no mercado, pois existem há anos e por isso fornece uma sensação de segurança. “Já os bancos digitais são relativamente novos, necessitam mais de tecnologia do que de estrutura física, conseguem atender muita gente com baixo custo e geralmente possuem plataforma intuitiva, como por exemplo os aplicativos”, destaca.

O especialista explica que há várias décadas os serviços bancários eram realizados através de uma agência física. “Com o advento da tecnologia, tornou-se possível que os serviços bancários sejam realizados através da internet”, conta.

De acordo com Ricardo Santos, o melhor caminho no momento da escolha sobre qual o tipo de banco que se encaixa com o perfil do empreendedor (micro, pequena, média e grande empresa), seja digital ou tradicional, é saber diferenciá-los. “O banco digital possui um custo mais baixo de taxa de mensalidades, por isso eles levam vantagem em relação aos bancos tradicionais, logo é mais indicado para micro e pequenas empresas, até mesmo para o MEI – Microempreendedor Individual”, esclarece.

O especialista acrescenta que os bancos tradicionais são mais indicados para aquelas empresas que possuem uma gestão financeira mais madura, utilizam sistemas de gestão financeira e aproveitam a tecnologia para fazer integração bancária, independente do seu porte.

Neste processo de saber para onde recorrer, a contabilidade consultiva tem a missão de orientar o empresário a decidir pelo caminho que seja mais benéfico para a sua empresa.

“O fato de não possuir taxas bancárias não diz que o banco digital é o melhor. É preciso avaliar a contrapartida que o banco oferece ao usuário. Por exemplo, um banco digital que não cobra taxas, porém, não há como realizar pagamentos da folha de salários, pode ser ruim para a gestão”, salienta Ricardo.

Outro aspecto levantado pelo consultor é que infelizmente a liberação de crédito nos bancos digitais ainda é um empecilho na hora da decisão. “Neste caso, os bancos tradicionais ganham pontos, pois, normalmente, já possuem linhas de crédito. No entanto, não é garantido que toda empresa que seja cliente de uma instituição financeira tradicional tenha a liberação de crédito”, explica.

Ricardo lembra que para o sucesso na escolha, o empresário deve avaliar se a ausência de crédito inviabiliza a atividade da empresa. “Caso seja, deverá optar por um banco tradicional”, pontua.

Para o especialista, o banco digital é uma tendência e o caminho é que todos sejam digitais, porém não significa que os bancos não tenham agências físicas. “Atualmente, bancos tradicionais já possuem serviços totalmente digitais, inclusive com abertura de conta e gerente dedicado”, lembra.

Ricardo complementa que bancos digitais causaram mudanças e no futuro não será comum uma pessoa ir a uma agência bancária. “Enquanto isso a população irá se adequando à nova realidade, se adaptando ao digital e aprendendo a utilizar tempo ao invés de pegar filas para sacar dinheiro ou pagar contas”, conclui.

Para mais informações sobre Gestão Financeira, pautas e entrevistas, acesse www.consulfis.com.br ou a página do Instagram @consulfis.

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