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Dez integrantes da Polícia Federal cumpriram nesta sexta-feira (6) mandado de busca e apreensão no escritório do deputado estadual Agenor Neto (MDB), que também é candidato à Prefeitura de Iguatu, no Ceará.

Uma denúncia do Ministério Público Eleitoral do Ceará aponta a contratação irregular de policiais militares para intimidar adversários na disputa eleitoral majoritária.

Segundo o MP, o local alvo da operação policial no município de Iguatu “é ocupado por um grupo de policiais militares investigados por formação de milícia privada, usurpação de função pública e por intimidar e coagir eleitores e partidários contrários ao candidato Agenor Neto, no pleito eleitoral do corrente ano em Iguatu/CE”.

Ainda conforme a promotoria, o escritório do candidato mantinha ilegalmente “armas de fogo e munição, além de documentos, telefones celulares, notebooks, tablets e demais instrumentos utilizados para prática delituosa”.

A ação foi autorizada pelo juiz eleitoral Eduardo André Dantas Silva, após pedido do Ministério Público Eleitoral do Ceará.

O G1 tentou contato com o deputado através dos telefones celulares, mas não conseguiu retorno. O advogado do emedebista, Roney Chaves, negou a participação de policiais militares na campanha municipal. Segundo ele, não foram encontrados indícios que Agenor estaria cometendo algum crime. A defesa deverá divulgar uma nota oficial sobre o caso.

‘Coação ao eleitor’
Em nota, a Polícia Federal aponta que os crimes investigados são de “coação ao eleitor em votar ou não votar em determinado candidato com penas de reclusão de até quatros anos e os crimes de formação de milícias e usurpação de função pública com penas de dois a cinco anos de reclusão”.

A Polícia Federal informa que foram apreendidos diversos documentos e materiais de informática. Até o momento não houve prisão.

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