As 64 medalhas conquistadas na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) de 2018 se somam a outras 13 na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) deste ano para compor um quadro total de 77 obtidas pelos alunos do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros (CMCB) nas duas competições paralelas.
O primeiro-tenente João Romário Fernandes Filho, professor de Astronomia do CMCB, comenta que essa marca é muito superior à de todas as escolas da rede pública municipal e estadual. “Impressiona em especial o fato de 35 das 64 medalhas serem de ouro, o que quer dizer que mais da metade dos medalhistas tiveram um desempenho igual ou superior a 90% na prova”.
O resultado é fruto de um espaço dedicado à astronomia na grade curricular do Ensino Fundamental II. Diferente do que ocorre na maioria das escolas, desde 2016 os alunos estudam o universo como veem a disciplina de português e matemática, fazendo parte da grade curricular do 7º ano.
De acordo com Eduardo, medalhista de ouro em sua primeira participação na OBA, quando começaram as aulas voltadas apenas para astronomia ele se apaixonou pelo assunto. “Me aprofundei com pesquisas a partir das perguntas que o professor fazia, que me levavam a novas perguntas”.
Já a estudante Isabele comenta que a princípio via a Astronomia somente como uma disciplina extra, mas depois percebeu que estava aprendendo coisas que nunca saberia se não tivesse entrado na grade curricular.
“Eu já tive várias experiências que certamente não são comuns, e tenho um embasamento muito maior para pensar em profissões que envolvam astrofísica ou engenharia espacial”.
Além da Olimpíada Brasileira de Astronomia, da qual os alunos participam desde 2009, destacam-se também os resultados obtidos na primeira participação da Mostra Brasileira de Foguetes. Foram cinco equipes capazes de lançamentos com alcance superior a 123 metros, garantindo a 13 alunos a medalha de bronze na competição.
Nordeste Notícia
Fonte: Tribuna do Ceará