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A pré-estação chuvosa no Estado – meses de dezembro e janeiro – terminou ontem com precipitações abaixo da média histórica, com apenas 89,9 milímetros. Os números ainda parciais apresentados no site da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontam um desvio de menos 31% em relação à média para o bimestre, que é

 

de 130,3 mm. O registro é negativo também se comparado à pré-estação anterior, que foi de 95,8mm, ou seja, menos26,5%.
Janeiro terminou com saldo negativo. Segundo a Funceme, foram registrados 75.7 milímetros (mm) até o dia 31. O índice ficou 23,34% abaixo da média histórica para o mês que é de 98.7mm. Entretanto, alerta a Fundação, os dados são parciais e dependem da coleta total das ocorrências monitoradas em todo o Estado. Mesmo assim, já confirmam melhores condições do que o ano passado, quando o primeiro mês do ano ficou com menos 30.8% de chuvas.

Entre as macrorregiões, no mês de janeiro, o Litoral de Fortaleza registrou 28.1% (124mm) a mais de precipitações do que o esperado para o período, que é de 97.2mm. Entre os municípios, Caucaia, onde a média histórica é de 102.8mm, choveu 174.4mm ou 69.6% a mais. Fortaleza, com esperado de 117.1mm, marcou 161.5mm ou 37.9% positivo e Beberibe, com média de 86.2mm, apontou 145,9mm (69.3% a mais).

Saldo positivo

O Maciço de Baturité também teve saldo positivo de 24.9%. Ali, são aguardadas para janeiro média de 95.9mm e confirmou 119.8mm em 31 dias. Destaque para Guaramiranga, onde a média histórica é de 146.2mm, choveu 172.1mm ou 17.1% a mais. Na Ibiapaba, com registro negativo de 6,8% até agora, o Ipu mais que dobrou o que normalmente chove no município ou seja, o esperado é 111.7mm, choveu 236mm.

Na outra ponta, com resultados negativos, o Sertão Central e Inhamuns, com menos 27,2% de precipitações aguardadas para o mês e o Cariri, com menos 25,7% de chuvas. De acordo com o meteorologista da Funceme Raul Fritz, esse é um dado preocupante até porque o Cariri é região com boas chuvas. Mesmo assim, Lavras da Mangabeira teve 75,7% a mais (média histórica é de 147,4mm para o município e choveu 259mm). Granjeiro é outro com boa condição. Ali, foram registradas 213.4mm, quando eram esperados 162,1mm.

Na avaliação do meteorologista, janeiro é um mês onde as chuvas são bem irregulares. “Teve ano, como em 2004, quando choveu 300% a mais, o que contribuiu para encher o açude Castanhão. Em 2011, registramos 115.6% de saldo positivo e, no ano passado, tivemos 30% a menos, assim como em 2013, quando foram 61,9% negativo”.

Anel

Segundo Fritz, o mês pertence à pré-estação com sistemas típicos do período variáveis. “Um deles é o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis, com circulação em grandes altitudes e tamanho. Como são muitos, muda ano a ano. Ele é como um anel, onde as bordas provocam chuvas. Se o Ceará estiver, em determinado dia no centro, não tende a chover”.

Outro fenômeno é o chamado Cavado de Altos Níveis. “Esse sistema tem aspectos parecidos com os vórtices, mas seu formato de anel é aberto e é o que está influenciando atualmente. Na estação chuvosa, que começa hoje e vai até maio, o sistema principal é a Zona de Convergência Intertropical (ZCI)”, diz.

Ele lembra a previsão da Funceme, para os três primeiros meses da quadra chuvosa, a melhor desde 2012, com maior probabilidade (40%) é de que o volume de chuva fique próximo à média histórica, que é de 800 milímetros durante o ano.

Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste/Lêda Gonçalves

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