09 DE OUTUBRO DE 2016  -  CAMPEONATO BRASILEIRO SERIE C 2016  -  JOGO ENTRE FORTALEZA X JUVENTUDE NA ARENA CASTELAO. NA FOTO JOGADORES DO FORTALEZA AP  - JOGADA - 17JO1687  -  NATINHO RODRIGUES
09 DE OUTUBRO DE 2016 – CAMPEONATO BRASILEIRO SERIE C 2016 – JOGO ENTRE FORTALEZA X JUVENTUDE NA ARENA CASTELAO. NA FOTO JOGADORES DO FORTALEZA AP
– JOGADA – 17JO1687 – NATINHO RODRIGUES

Permanecer oito anos na Série C é uma realidade que produz efeitos negativos na auto estima do torcedor, arruína administrações, leva à execração pública gestores comprometidos para tirar o clube dessa situação e principalmente é uma sangria que solapa as finanças do Fortaleza.

Mesmo com sua torcida tendo proporcionado o maior público pagante do futebol brasileiro na temporada, até então, estima-se que o Fortaleza tenha deixado de faturar R$ 35 milhões, somando-se os anos de Série C. Isso apenas de cotas da Série B.

Assim sendo, calculando-se os sete anos já disputados na Série C, desde que caiu da Série B, o Fortaleza passa mais de dois anos sem faturamento, somando-se a cada ano, a sua saída precoce das competições, normalmente em outubro.

Em 2010, por exemplo, no primeiro ano a disputar a competição depois de cair em 2009, o Fortaleza saiu prematuramente das disputas no dia 19 de setembro, ao empatar com o Águia de Marabá na casa do adversário. Foram mais de três meses sem faturamento.

O mesmo aconteceu no ano seguinte, com saída precoce também no mês de setembro em goleada contra o CRB no PV, que serviu apenas para manter o time na mesma divisão.

Deixando de faturar

O diretor financeiro do clube, Maurício Guimarães, entende que os cálculos poderiam ser feitos sem levar em conta o mês de dezembro, no qual o futebol entra de férias para todos os clubes. Entretanto, o dirigente fez alguns cálculos, a valor presente, sempre levando-se em conta cotas atuais, para se chegar a um valor aproximado do que o Leão do Pici perde a cada ano, por permanecer na Série C.

Maurício faz uma projeção, sempre levando-se em conta os valores atuais de cotas de participação em competições, tomando-se por base o que os clubes que estão na Série B e na Copa do Nordeste em 2016, receberam. Não são os valores históricos, de anos passados.

“Supondo-se que o Fortaleza tivesse subido para a Série B no primeiro ano e considerando-se oito anos de Série C, eu diria, calculando a valores presentes, que deixamos de faturar 7 anos de R$ 5 milhões, que foi a cota que os clubes da Série B receberam em 2016, o que dá R$ 35 milhões a menos. Estamos falando em hipótese”, ressalvou ele.

Sócio-torcedor

O diretor financeiro da atual gestão também observa que, com o clube sem subir para a Série B, há uma perda anual na ordem de R$ 10,5 milhão de renda advinda do sócio-torcedor, somando-se os sete anos.

“Há que se observar o seguinte: o Fortaleza teve um crescimento do número de sócio-torcedor, que chegou a 10 mil, mas foi uma situação atípica, porque em dado momento, o torcedor parece que se apega mais ao clube na dor do que no momento favorável”, observa ele, sem deixar de reconhecer que há uma perda em não subir.

De 2010 para cá, o Fortaleza não disputou a Copa do Nordeste em 2014. Nesse quesito, ele prevê uma perda de R$ 1,5 milhão, considerando-se os valores atuais de cota, em torno de R$ 500 mil por participação inicial.

O cálculo segue no sentido de se imaginar o Fortaleza deixando de participar de 38 rodadas de uma hipotética Série B. Seriam 19 jogos em casa. A estimativa seriam 10 rendas a mais em jogos em casa, visto que na Série C, o clube joga 9 partidas como mandante. Aqui também seriam algo em torno de R$ 1,5 milhão por ano, perdendo-se as rendas.

Sem atividade

O presidente Jorge Mota foi indagado sobre se o Leão era viável, ao que respondeu: “O Fortaleza é viável, mas todo dia tem que dar uma resposta. Hoje, estamos sem a atividade do dia a dia e sem faturamento. Então, um clube que para outubro, novembro e dezembro é para arrebentar e só resiste porque é o Fortaleza. Uma empresa teria quebrado”.

Saiba mais

Origem dos cálculos

Os mais de dois anos em que o Fortaleza fica sem faturar com bilheteria é feito, tomando-se por base o último jogo de Série C do ano e quando o time voltou a jogar no ano seguinte. Assim sendo, de 2010 a 2011 foram 115 dias parado; em 2011, 123 dias ; 2012, 116 dias; 2013, 131 dias; 2014, 81 dias (com a parada para a Copa do Mundo); 2015, 97 dias e em 2016 para 2017 vão ser 104 dias sem jogar. Isso dá um total de 765 dias, equivalente a 2 anos e 37 dias. O clube contra-ataca com patrocínios e sócio-torcedor para cumprir os compromissos.

Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste/Ivan Bezerra
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