Nova Imagem de BitmapO pioneirismo cearense na geração de energia eólica no Brasil ainda rende bons indicadores ao Estado, que, atualmente – apesar dos desempenhos abaixo da média nos leilões -, segue como segundo do País em geração (943 megawatts médios) e também em capacidade instalada (1,8 gigawatts), segundo o boletim InfoMercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com dados compilados até setembro.

A expansão da produção cearense de energia a partir do ventos foi de 17,3 % ante igual mês de 2015, conforme indica o levantamento. Já para a capacidade instalada, o crescimento no Estado foi o maior de todas as dez unidades da federação destacadas pela CCEE: 226,8 % – reflexo dos parques eólicos que entraram em atividade entre setembro de 2015 e igual mês de 2016.

Esse desempenho ao longo deste ano ajudou no crescimento nacional, o qual apontou alta de 55,4 % da geração de energia elétrica ao contabilizar a produção de 3,8 GW médios, a partir dos 381 empreendimentos que estão em operação comercial e conectados no Sistema Interligado Nacional (SIN).

De acordo com o comunicado da CCEE sobre a expansão nos indicadores de geração, “as usinas da fonte (eólica) produziram 3.383 MW médios frente aos 2.177 MW médios gerados ao longo dos nove primeiros meses do ano passado”.

“A capacidade instalada dos 381 empreendimentos eólicos em operação no Sistema alcançou a expressiva marca de 9.713 MW, incremento de 37,7% na comparação com os 7.055 MW registrados em setembro de 2015, quando havia 276 projetos em operação”, acrescenta o texto enviado pela Câmara.

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Entre os destaques tanto na geração quanto na capacidade instalada, conforme lista elaborada e divulgada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, está, além do Ceará, o Rio Grande do Norte. O estado vizinho lidera isoladamente os dois rankings, com geração de 1,6 GW e capacidade de 2,9 GW entre os primeiros nove meses deste ano. A maioria das unidades da federação que lidera a geração e a capacidade instalada desta matriz energética continua sendo de nordestinos.

Rio Grande do Norte e Ceará são seguidos tanto para o primeiro indicador como para o segundo por Bahia, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Sergipe. Fora do Nordeste, aparecem na lista da CCEE apenas os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro entre os dez maiores do País no setor eólico.

Dados energéticos

Os dados publicados no Banco de Informação de Geração (BIG), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), evidenciam que a energia eólica tem cada vez mais peso para a geração elétrica do Ceará. Dos 3,6 GW de potência instalada no Estado, 41,41 % correspondem à geração eólica.

São 56 empreendimentos instalados em território cearense, conforme os dados postados no BIG, contra 35 usinas termelétricas, 2 centrais geradoras hidrelétricas, 1 pequena central hidrelétrica e 1 central geradora solar fotovoltaica. Os dados provavelmente ainda não contabilizam as novas plantas solares instaladas pelo estado no último mês.

Quando o assunto é usinas geradoras em construção, os parques eólicos continuam em destaque, de acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica. São 17 centrais geradoras eólicas em obras no Ceará, o que correspondem a uma potência instalada futura de 391 MW.

Já autorizados, mas sem a construção iniciada, ainda encontram-se mais 33 empreendimentos eólicos em território cearense – mais 722,4 MW de potência instalada. Ao todo, dentro dos projetos ainda não iniciadas as obras, os parques eólicos correspondem a 79,52% da futura potência instalada, uma vez que as centrais geradoras fotovoltaicas correspondem a 19,81% e as hidrelétricas e termelétricas previstas para o estado, juntas, não chegam a 1% da potência.

Números do setor

A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica) também realiza uma contabilidade do setor e aponta um total de 414 usinas instaladas no Brasil, o que gera uma capacidade instalada de 10,34 GW.

Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste
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