A Rússia estava engasgada na garganta do Brasil. Por mais encontros que tenham acontecido nos últimos quatro anos, era preciso dar o troco daquele 3 a 2 de virada na decisão em Londres 2012. Na noite de sexta-feira, no Maracanãzinho, a vingança veio em forma de atropelamento, e não houve Yelena Isinbayeva ou dores musculares que tirassem o time de Bernardinho do caminho de sua quarta final consecutiva de Olimpíada. Em noite inspirada de Wallace e um Serginho emocionado, os brasileiros fizeram 3 a 0 com facilidade e encaram a Itália no domingo, às 13h15 (de Brasília), pelo tricampeonato.

CHORO DE SERGINHO

Quatro finais olímpicas consecutivas não é um feito alcançado por qualquer um. Ainda mais quando, mesmo aos 40 anos, o atleta segue como um dos principais nomes da equipe e tem a oportunidade de se despedir da Seleção com uma segunda medalha de ouro. Motivos não faltam para justificar a emoção de Serginho após a vitória sobre a Rússia. Ajoelhado no solo do Maracanãzinho, o líbero desabou em lágrimas e recebeu o carinho de todos os companheiros. Domingo, às 13h15 (de Brasília), contra a Itália, ele se tornará o brasileiro com mais medalhas em esportes coletivos e encerra sua história com a camisa amarela. E que história!

QUE MIRA!

Um lance curioso chamou a atenção no início do segundo set. O placar apontava 2 a 1 para o Brasil quando a Rússia soltou a mão em saque. Lucarelli teve dificuldade na recepção, e lá se foi Serginho correndo atrás da bola que voava pelo Maracanãzinho. Posicionado para fazer o passe, o líbero foi surpreendido por uma mudança de direção da bola, que tocou no cabo de aço que sustenta a câmera flutuante da Olimpíada. Ponto para os russos? Nada disso. A arbitragem entrou em ação e mandou voltar o saque. Justo.

ISINBAYEVA PÉ-FRIO?

A Rússia contou com uma torcedora ilustre contra o Brasil no Maracanãzinho: Yelena Isinbayeva. Fora dos Jogos do Rio por conta do veto ao atletismo de seu país após escândalos de doping, a musa anunciou a aposentadoria na própria sexta-feira e preferiu não sofrer indo ao Engenhão para acompanhar a disputa do ouro no salto com vara. No vôlei, entretanto, ela também não teve muito motivos para sorrir. Apesar da animação e dos registros de cada detalhe através do celular, ela viu os compatriotas perderem por um arrasador 3 a 0. Simpática, vibrou até com pontos do time de Bernardinho e ostentou uma bolsa do Time Brasil.

O CAMPEÃO VOLTOU!!

O atropelamento brasileiro sobre a Rússia deixou ensandecida a torcida que lotou o Maracanãzinho na noite de sexta-feira. Os russos sofreram com a pressão da cada saque, vaias e barulho ensurdecedor. A medida que a vitória se desenhava, os torcedores não se continham e profetizavam: “O campeão voltou! O campeão voltou!”. Depois de duas pratas, o Brasil tem mais uma chance de levar o tricampeonato olímpico.

WALLACE ENDIABRADO

Complicou, joga no Wallace. E como Wallace estava endiabrado na vitória contra a Rússia. Mostrando a vibração de sempre, o oposto contagiou o torcedor que lotou o Maracanãzinho e foi o grande nome da vitória por 3 a 0, que garantiu um lugar na decisão olímpica, domingo, diante dos italianos. Maior pontuador da partida, ele colocou 18 bolas no chão da quadra adversária.

VAI COM MEDO MESMO

Era vida ou morte, e ninguém queria ficar fora. Lucarelli e Lipe sofreram com problemas físicos durante os Jogos Olímpicos, mas se sacrificaram e tiveram papel importante na arrasadora vitória por 3 a 0 sobre a Rússia. Depois de temer até mesmo perder a reta final da Olimpíada, Lucarelli, que sofreu um pequeno estiramento na coxa direita, não entrou 100% e ainda assim marcou dez pontos, enquanto Lipe, recuperado de uma contratura na região lombar, fez oito.

Fonte: Globoesporte.com

 

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